Ocultos no coração das serras, atravessam corredores de labirintos naturais, fontes luxuriantes do Paraíso. São os rios que alimentam as marés tenebrosas, suportadas pela persistência de aventureiros navegadores.
O rio Beça, estrada cristalina, parece enlear três concelhos com raça transmontana - Boticas - Montalegre e Ribeira de Pena. Límpido para que lave a alma e a visão a todos aqueles que não querem ver, mesmo sabendo que na existência da erosão do granito onde se formam paredes sinuosamente íngremes, existe um seio de vida, de força e mesmo na fúria, vence a ternura.
Percorrendo religiosamente estes recantos, encontramos aqui e acolá, pescadores hábeis, fustigando a cana para lançar o anzol camuflado de isco, tentando iludir as trutas que se escondem entre troncos agarrados às faces das rochas, fazendo contorcer as raízes.
Neste leito imaculado, galopa a desilusão, aproximam-se torrentes de tormentas que não vencidas a jusante, trarão a míngua à herança legada por antepassados seculares.
O nascimento de indústrias nas margens destes deuses sagrados vêm adulterar o sentido de “ser” da mãe Natureza...! É preocupante instalar perto das margens desta via láctea terrena um aterro sanitário que, parecendo estar para trás das nossas costas, corre a grande velocidade para junto de nós!...
Transporta o Rio Beça as memórias de Camilo, que adormecia no encanto, não dando conta das horas, enamorado neste jardim do Éden que pode ser aqui mesmo...
O tempo foge-nos, quando tropeçamos nas margens deste percurso, quando escorregamos nas pedras cheias de lodo! Encontramos no Rio Beça o vocabulário de todas as riquezas humanas: Vida, Amor e Paz...
Este rio parece descansar quando banha prados verdejantes, onde se acotovelam inúmeras cabeças de gado maronês, onde a erva parece ver-se crescer. Este recurso hídrico acorda sobre o xisto de Padroselos, continua a servir de guarda à lavandaria abandonada do precioso minério rebuscado por estas gentes que, imitando as toupeiras, arriscavam a vida na ambição de um futuro mais próspero.
Vociferando o Beça, cuja força enche a barriga e dá à luz numa enorme represa que suporta a hídrica, potencial energético do concelho de Ribeira de Pena, esta represa alimenta ainda uma levada centenária que irriga a freguesia de Santo Aleixo.
Apressado, este rio não pára, enraivecido, ultrapassa tudo e todos, vai polindo o granito fazendo gemer as pedras... Passa o Ponderado, o Contador (onde as trutas são maiores), abraçando o Tâmega na garganta das montanhas que parecem querer enjaular Daivões, Veiga e Arosa.
Este rio, que é nosso, que temos de preservar e que, orgulhosamente, tive a felicidade de conhecer, que seja o santuário de mais um tesouro tão nobre que, estou certo, todos guardarão após conhecê-lo.
A torre do relógio é provavelmente o que resta do Castelo Medieval.
Já tem a actual função, pelo menos desde 1800.
Existem várias versões relativas à origem do nome, uma das quais, reza a lenda, El Rei D. Dinis, estando severamente fatigado da viagem que empreendeu até Freixo, colocou o seu cinturão com a majestosa espada no tronco de um freixo, que ainda hoje se encontra no outeiro do castelo, e adormeceu à sua sombra, embalado pela brisa suave que batia nas folhas da possante árvore. No seu sono profundo, teve um sonho.
Sonhou com o espírito do freixo, ansioso que um rei português dependurasse a sua espada real no seu corpo, com a intenção de lhe conferenciar directrizes sábias para o futuro do reino de Portugal. Quando o rei acordou do revigorante descanso, re-baptizou a vila, chamando-a de Freixo de Espada à Cinta.
Torre do Galo (monumento nacional). Em granito, facetada e heptagonal é hoje em dia um único e impressionante testemunho do extinto castelo medieval. Segundo Frei Viterbo esta torre foi mandada fazer por D. Fernando I cerca de 1376, uma vez que por ordem expressa deste monarca, nas terras onde não havia paços régios (caso de Freixo), para instalação dos reis quando as visitassem, foram mandados construir os “ apartamentos de alcácere ” que aqui foram esta torre e o seu belo salão ogival e que durante séculos serviram de residência ao alcaide ou ao governador do castelo.
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