A 1200 metros de altitude, com as fragas e picos do Gerês a poente e noroeste, e o planalto da Mourela a nascente e nordeste, Pitões das Júnias é uma das aldeias mais visitadas do concelho de Montalegre. Além da fauna e da flora riquíssima, oferece outros pretextos para um passeio, concentrados no percurso pedestre de quatro quilómetros - percorridos em cerca de 1h30 - entre o cemitério e o centro da aldeia. E perpetua tradições que não se encontram em mais nenhum local.
Após uma caminhada por um caminho pedestre, vislumbra-se um “oásis”, uma autêntica pérola perdida, o mosteiro beneditino de Santa Maria das Júnias.
Existiria já no século IX, e presume-se que teria sido fundado por treze monges. Era um mosteiro pobre.
Trata-se, além disso, de um monumento com um significado histórico regional de excepcional valor científico e patrimonial.
Implantado num magnífico vale, o mosteiro, cuja primeira construção remonta ao séc. IX, destinava-se a albergar Frades Beneditinos, tendo sido durante o século XII entregue à Ordem de Cister.
A igreja, de nave única e cobertura de madeira, conserva ainda um interessante portal lateral, românico, e um retábulo seiscentista, na capela-mor.
O mosteiro localiza-se numa pequena plataforma encravada no estreito vale da ribeira de Campesinho, em posição abrigada dos ventos, com boa exposição solar, abundância de água e proximidade de pequenas áreas de potencial aproveitamento agrícola.
Pitões das Júnias é uma aldeia situada a cerca de 1200 metros de altitude, no norte de Portugal, dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Barroso, Trás-os-Montes. Faz parte do Concelho de Montalegre, Distrito de Vila Real.
Sempre foi conhecida por ser terra de gente lutadora e mesmo guerreira: não resistiu à destruição do Castelo, nem do Mosteiro, nem da sua “república ancestral” (conjunto de normas comunitárias e democráticas dos seus habitantes) mas resistiu aos Menezes, condes da Ponte da Barca, a quem um rapaz de casa do Alferes foi raptar uma filha com a qual casou; e resistiu à pilhagem e assaltos sistemáticos que os Castelhanos organizavam durante a guerra da Restauração. Em 1665, “um grande troço de infantaria e cavalaria, sob comando de D. Hieronymo de Quiñones atacou Pitões mas não só não conseguiram queimar o povo como este lutou bravamente pondo em fuga o inimigo e sem perdas”. Alguns dias após (com os pitonenses a ajudar, em represália) o capitão de couraças João Piçarro, com 800 infantes, atacaram Baltar, Niño d’Águia, Godin, Trijedo e Grabelos “donde trouxeram 400 bois, 1500 ovelhas e 20 cavalos”. E resistiu ao florestamento da Mourela, com pinheiros, o que levaria à perda das suas vezeiras. Resistiram sempre e ainda bem resistem!
Mosteiro de Pitões das Júnias ou de Santa Maria de Júnias, fica entalado num vale, por onde corre o rio Campesinho. Não tem data definida para a sua fundação, mas presume-se que se situe no final do século IX, quando eremitas se estabeleceram nesta região, vindo depois a organizarem-se em comunidades.
Durante a Guerra da Restauração da independência portuguesa, depois de 1640, um ataque do exército espanhol à aldeia de Pitões, terminou com um incêndio que deixou o mosteiro em ruínas, com excepção da igreja. O convento viria a ser recuperado e já no século XVIII, há informação que dá conta de obras importantes na zona conventual, todavia com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento é abandonado e alguns anos depois deflagra um incêndio que apenas deixa a igreja de pé.
Deste pequeno convento, restam as paredes dos principais compartimentos a algumas arcadas do claustro, a igreja tem ainda o telhado, mas apresenta um aspecto de abandono, apesar de já terem sido feitas obras pela Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais.
Chega-se ao mosteiro por um caminho de pé posto, a partir do cemitério de Pitões.
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