Esta torre, que já existia antes da fundação de Vila Real, é actualmente monumento nacional por decreto de 16 de Agosto de 1951. Foi usufruída pela Mocidade Portuguesa e entregue, após o 25 de Abril, ao Instituto Português do Património Cultural, tendo sido restaurada, após esta data. Esteve para ser museu numismático, sob gestão do padre João Parente. Mas este desiderato não se concretizou. Esta velha torre, catalisou na imaginação de Camilo o enredo do seu primeiro romance, Anátema. A mais antiga notícia referente a Quintela data de 6 de Junho de 1082. Nesta época Quintela era uma «villa», pertença de uma das mais nobres famílias de Entre Douro e Minho, que se comprometeu em 1071 na primeira tentativa para tornar independente essa região, núcleo primitivo do Condado Portucalense. Na Era Moderna, a Torre de Quintela foi berço de morgadio dos condes de Vimioso, existindo ainda o tombo com o registo dos prazos dentro e fora do distrito, saído da reforma que sofreu em 27 de Junho de 1695, quando era senhor do morgadio o conde de Vimioso, D. Francisco de Portugal. A Torre de Quintela segue o modelo geral das torres de menagem da época. Tem a forma de um paralelepípedo, tendo por base um quadrilátero de cem metros quadros e cerca trinta de altura, nas arestas. É uma construção militar, embora possa não ter sido esse o objectivo primeiro da sua construção, mas o de ser residência temporária dos seus senhores, quando resolviam passar nestas terras algumas temporadas. Terá servido também, conforme afirma o padre João Parente, de “celeiro para armazenar os bens provenientes de propriedades agrícolas e dos foros que possuíam na região” A porta, única, está bastante levantada do solo. Inferiormente ao plano do seu limiar devia haver uma quadra sem luz, sensivelmente da altura dum homem. No segundo piso abre-se em cada face uma estreita fresta, seteira grandemente alargada no interior, com um pilarete medial a robustecer o lintel. No terceiro andar, às seteiras inferiores correspondem balcões com parapeitos ameados, especialmente angulares, com mata-cães de pedra e que aparecem aqui pela primeira vez na arquitectura militar portuguesa. Termina a torre logo acima desse andar com o adarve, ameias e mais quatro balcões colocados, agora, nos ângulos. A cobertura era de telha, caindo os beirais sobre os adarves e saindo as águas pluviais por gárgulas rudimentares. “O conjunto é gótico — escreve João Parente — e, por isso mesmo, nesta região, nunca anterior ao século XIII. As inquirições de D. Afonso III, feitas em 1258, sobre o Julgado de Panóias, referem-se a uma torre que está começada em Quintela”. É por este documento que se pode situar cronologicamente este monumento.
"Histórias das Freguesias do Concelho de Vila Real"
Pode-se ver um machado gravado na rocha. Talvez tenha sido ela que deu o nome ao lugar.Tambem podemos ver escadas, cruzes , colheres, tesouras, pás e outros utensílios do dia a dia.
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