O “Santa Maria Manuela”, encomendado pela Empresa de Pesca de Viana, foi construído nos estaleiros da CUF, em Lisboa, no tempo recorde de 62 dias úteis. Com os seus 68,64m de comprimento fora-a-fora enverga regularmente 11 velas latinas com uma área total de 1.130m2 dispondo ainda de propulsão a motor com uma potência de 746kW (1.010Cv). O aço utilizado na construção é de elevada qualidade, uma vez que se destinava à construção de 2 navios de guerra, acabando por ser utilizado nos cascos do “Santa Maria Manuela” e do seu gémeo “Creoula”. Durante a sua longa vida como navio de pesca o “Santa Maria Manuela” perdeu muitas das características típicas dos grandes veleiros do início do séc. XX e, particularmente, dos veleiros com tradição de construção portuguesa. Por desejo do armador, grande parte do processo de recuperação foi dedicado à reconstituição, em moldes actualistas, desses detalhes diferenciadores.
O “Santa Maria Manuela” - juntamente com outros três lugres ex-bacalhoeiros: “Creoula”, “Argus” e “Gazela” - é um dos últimos sobreviventes da Frota Branca Portuguesa (Portuguese White Fleet). Com excepção do “Gazela”, construído em madeira na viragem para o século XX, estes navios partilham muitas características, sendo o “Creoula” e o “Santa Maria Manuela” gémeos e o “Argus” muito semelhante. Os gémeos foram construídos lado a lado nos estaleiros navais da CUF em Lisboa, em 1937, e o “Argus” na Holanda em 1938, para se juntarem à frota existente e participarem nas campanhas de pesca do bacalhau. O “Creoula” é agora um Navio de Treino de Mar pertencente à Marinha de Guerra Portuguesa. O “Argus”, recentemente resgatado ao abate pela empresa Pascoal, aguarda uma recuperação nos moldes da do “Santa Maria Manuela”.
Inicialmente pertencente à Empresa de Pesca de Viana, esta manteve o “Santa Maria Manuela” em actividade até 1963, ano em que o vendeu à Empresa de Pesca Ribau, da praça de Aveiro. O navio ainda operou na sua forma original durante alguns anos, tendo, no final da década de 1960 sofrido importantes transformações, consequência das inovações tecnológicas introduzidas na pesca do bacalhau.
Em 1993, apesar das benfeitorias efectuadas, o navio foi considerado obsoleto e abatido por demolição. Apenas o casco foi preservado e a partir daí iniciou-se um longo processo que veio a culminar na sua recuperação e na restituição do património identitário nacional que é o “Santa Maria Manuela” ao seu mar e às suas gentes.
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