Rijomax
O Rijomax está equipado com vários mostradores para marcarem o movimento horário do Sol e da Lua e outros para marcarem as datas que contêm mais de 16 mil algarismos e letras. “O relógio marca segundos, minutos, 24 horas, a hora universal, a Solar, a Legal, as do Bissexto, o tempo atrasado e o avançado, suprime 24 horas de 128 em 128 anos e conta a Era até um milhão de anos sucessivos”. Tudo era explicado a quem visitava o estabelecimento de Amândio José Ribeiro, em Tabuaço.
“Marca o Nascer e o Pôr do Sol a horas regulares e com luz fornecida por corrente eléctrica, crescem e decrescem os dias, marca o dia e a noite com escala diária de quantas horas e minutos tem o dia e a noite. Marca os Equinócios, os Solestícios e as fases da Lua com luz que recebe do dito Sol”.
Esta obra misteriosa tem o movimento da forma da terra que é o que faz crescer e decrescer os dias e que regula os indicadores do Nascente e Poente e ainda os marcadores de quantas horas e minutos tem o dia e a noite.
Calendários Perpétuos
A existência de calendários perpétuos no Rijomax, complementam o trabalho de décadas que “está registado com a patente número 12931”, exibia orgulhosamente o seu autor e que agora é propriedade da Câmara Municipal de Tabuaço. “Não queria vender, tive sempre muitas ofertas mas...” Chegou a altura do Rijomax sair da sua casa natal e rumar a um espaço para ficar exposto à curiosidade de quem visitar o Museu local. “Tenho pena porque vai ficar para ali e ninguém vai olhar por ele. Vai acabar por morrer”, lamenta.
Mas enquanto o fim não chega irá continuar a marcar os anos bissextos e comuns 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias da data. Bem como as semanas e os dias da semana, os meses, os dias dos meses e quanto faltam para o fim do mês, os anos, os dias dos anos e quantos faltam para o fim do ano, as estações e os dias das estações, os signos e os dias dos signos, os semestres, os trimestres e um calendário que marca em que dia de semana começa cada mês e outro se o ano é bissexto, 1º, 2º ou 3º comum além do último bissexto, as datas das fazes da Lua e a mudança de tempo e ainda os números do Cyclo Solar, Aureo número, (Cyclo lunar) Epacta, letra Dominical, as eras cronológicas, os dias da era de Cristo, os Séculos e possui calendários para se saber o dia da semana de qualquer data desde o dia 01 de Janeiro do Ano I da era de cristo até ao presente e futuros.
O Rijomax marca os feriados, os dias dos Santos e as Festa móveis, tem sinal detenção, de chamada, barómetro, termómetro e aparelho de indicar os pontos cardeais. Desperta por música à escolha, por campainha e ascende luz tudo à hora desejada. Fala, dizendo quantas horas são e dá uma saudação em vocabulário religioso e tem ainda um aparelho para chamar o dono da casa.
“O Homem sonha, a obra nasce” e, em Tabuaço, Amândio José Ribeiro sonhou a Terra, o Sol e a Lua e, numa obra misteriosa, “nem a minha mulher sabia”, construiu o Rijomax. O relógio mais completo do mundo está programado para “corrigir a diferença horária existente entre o calendário Gregoriano em uso do Mundo Ocidental e o tempo Solar”, explicava este inventor de 90 anos.
Aos sete anos começou a achar piada às rodinhas, “quando trabalhava com um relojoeiro em Trancoso”, conta. Amândio Ribeiro não entendia nada de relógios mas, “os meus companheiros de brincadeira achavam que eu sabia arranjar os relógios e entregavam-mos. Estraguei mais do que compus, mas lá se ia dando um jeito”.
A geringonça com ponteiros que davam horas, rapidamente se transformou numa paixão e, o desejo de criar um relógio diferente de todos os outros, começou a crescer dentro de si. “Um relógio que assinalasse a posição do Sol, mas muito mais”.
Foram 16 mil horas, desde 1945 até 1973 às voltas do sol, da lua, da terra, das estrelas, das sombras e de todo um conjunto de objectos e materiais que levaram à obra final.
O Rijomax, acrónimo de Ribeiro José Amândio.
“Comprei livros, aprendi tudo por mim. Foram muitas horas sem dormir, a dar voltas à cabeça porque, teimei que existia um erro na hora normal”. Efectivamente existe uma diferença que o calendário tenta corrigir recorrendo “à introdução do ano bissexto, o qual consiste em o calendário contabilizar 366 dias nesse ano em vez de 365” revela. Este dia extra pertence ao mês de Fevereiro, o qual terá assim 29 dias nos anos bissextos. Mas o recurso ao ano bissexto não basta para acertar o tempo marcado no calendário com o tempo Solar, pelo que “há que fazer mais alterações”, concluiu.
O Rijomax faz estes acertos em ciclos de 6272 anos, a começar no ano de 1900 DC, “pois nesse ano foi acertado o calendário oficial”, lembra.
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