O miradouro de São Leonardo situa-se na freguesia de Galafura, entre 630 e 640 m, e pertence ao concelho do Peso da Rágua,
A paisagem é claramente dominada pelos elementos das Formações do Pinhão, Ervedosa e Desejosa, com predominância de rochas xistentas e ardosíferos, sendo visíveis alguns elementos das formações graníticas e da formação de bateiras, com metagrauvaques, filitos cinzentos, xistos negros e mármores cinzentos subordinados.
É ainda possível observar diferentes cursos de água a Oeste, o Rio Douro, como elemento dominante, a ribeira do Ceira, na margem Norte, o vale e foz da ribeira do Tedo, na margem Sul e o vale do Távora a Sul. A Este o vale da Ribeirinha de Covelinha. A Este conseguimos ainda observar a Serrão do Marão.
Para além das árvores existentes no miradouro, azinheiras, mimosas, medronheiros e cedros, marcam presença na paisagem a vinha e os mortórios invadidos pelo mato mediterrânico. Sã também visíveis algumas manchas de Pinhal e alguns castanheiros na paisagem a Este. Na encosta a Oeste existe um extenso medronheiro.
A zona onde o miradouro se insere apresenta diversidade de fauna sendo que, as espécies encontradas, caracterizam-se pelo facto de o seu habitat ser preferencialmente em zonas de baixa densidade humana, destacando-se o lobo (canis lúpus), o gato-bravo (felis silvestris) e o esquilo-vermelho (ciurus vulgaris). As aves mais frequentes são a corija-das-torres (tyto alba), a cotovia-do-monte (galeria theklae) e a águia-de-asa-redonda (buteo buteo). Na zona ribeirinha salientam-se os anfíbios como o sapo-parteiro-comum (alytes abstetricans), rã-ibérica (rana iberica) e a rã-verde (rana perezi).
À Proa dum navio de penedos, a navegar num doce mar de mosto, Capitão no seu posto de comando, S. Leonardo vai sulcando as ondas da eternidade, sem pressa de chegar ao seu destino, ancorado e feliz no cais humano, é num antecipado desengano que ruma em direcção ao cais divino.
Lá não terá vinhedos nem socalcos na menina dos olhos deslumbrados: doiros desaguados serão charcos de luz envelhecida; rasos, todos os montes deixarão prolongar os horizontes até onde se extinga a cor da vida.
Por isso, é devagar que se aproxima da bem-aventurança.
É lentamente que o rabelo avança debaixo dos seus pés de marinheiro.
E cada hora a mais que gasta no caminho é um sorvo a mais de cheiro a terra e a rosmaninho.
Miguel Torga in Diário IX
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